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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Literatura em LIBRAS para crianças surdas

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Essa matéria super interessante fala um pouco da importância da literatura presente na vida de uma criança surda, vale salientar que essa importância também consideramos na vida das crianças em geral, mas no caso abaixo a literatura em questão é em LIBRAS. Chamo sua atenção no significado da sigla, não é linguagem e LÍNGUA  Brasileira de Sinais, ok! boa leitura.




http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fg1.globo.com%2Fminas-gerais%2Fnoticia%2F2011%2F10%2Fliteratura-em-libras-estimula-inclusao-e-desenvolvimento-de-criancas-surdas.html&h=iAQEPpKhO
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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Os desafios da escola 2.0

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Os desafios da escola 2.0

 

Olá queridos(as) leitores(as)!
Confiram agora essa matéria muito interessante da revista "Carta na Escola", que revela um grande desafio da escola, dos educadores e do sistema educacional em proporcionar experiências que relacionem saber+tecnologia em nossos currículos.

Os desafios da escola 2.0

É necessário criar um projeto pedagógico mais conectado às novas tecnologias

Por Thais Paiva — publicado na edição 77, de junho de 2013
Cada vez mais cedo, computadores, celulares, tablets e outros aparelhos digitais fazem parte da vida de crianças e adolescentes brasileiros. No País, a idade do primeiro acesso à internet é, em média, entre 9 e 10 anos. Metade dos jovens afirma conectar-se à rede diariamente. Os dados são da pesquisa TIC Kids Online Brasil 2012, elaborada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), que analisou o uso da web entre jovens de 9 a 16 anos e seus impactos sociais.
 
“A rapidez com a qual crianças e jovens estão obtendo acesso a tecnologias virtuais, convergentes, móveis e interconectadas não encontra precedentes na história da inovação e difusão tecnológica”, indica no estudo Sonia Livingstone, diretora da rede EU Kids Online e professora no Departamento de Mídia e Comunicação da London School of Economics and Political Science. “Essas mudanças apresentam aos pais, aos professores e às crianças o importante desafio de adquirir, aprender a usar e definir objetivos para o uso da internet em suas vidas diárias.”
 
Nesse panorama, as duas principais instituições responsáveis pela formação das novas gerações – família e escola – ganham responsabilidades imensas, mas ainda se encontram perdidas diante dos desafios da inclusão e orientação digital. “Elas estão perplexas ante crianças e jovens cada vez mais informados, participantes e conscientes (mesmo que confusamente) de seus direitos, além de serem digitalmente competentes e de se mostrarem totalmente à vontade diante dessas novas tecnologias”, aponta Maria Luiza Belloni, doutora e mestra pela Universidade de Paris-Sorbonne e pós-doutora em Comunicação Política.
 
No ensino, fica evidente o descompasso entre o que os alunos têm nas mãos e a capacidade da escola de usar as novas tecnologias com propósitos pedagógicos. “Enquanto os alunos levam seus celulares para a sala, os professores muitas vezes não têm à disposição computadores e conexão para a realização de tarefas básicas como a busca de informações na internet”, alerta Maria Paulina de Assis, doutora em Educação pela PUC-SP.
 
Além disso, a falta de infraestrutura tecnológica, dificuldades de gestão escolar e problemas com a própria ação pedagógica, a dificuldade dos professores para adotar novas tecnologias, aparecem como grandes desafios. No ensino público, destaca-se também a fragilidade da implementação das políticas públicas. “A escola pública tem sempre projetos a serem implementados, e a inserção das novas tecnologias para o uso pedagógico acaba sendo muitas vezes atropelada por necessidades mais imediatas. Dessa forma, a presença de tecnologias na escola acaba sendo geradora de problemas e não de soluções”, destaca Maria Paulina.
 
O estudo TIC Kids Online Brasil 2012 também mostra como as novas tecnologias e a internet podem se transformar em potencial para inovações educativas, trazendo mais motivação para a aprendizagem na sala de aula e além dela. Para isso, entretanto, fica clara a necessidade de uma abordagem pedagógica que extrapole o uso dessas tecnologias pelos professores apenas como recurso para estratégias didáticas convencionais.
 
“A inclusão digital de jovens não depende da aplicação da tecnologia a políticas pedagógicas somente. É possível até mesmo dizer que nisto não há muita diferença entre escolas públicas e privadas, pois as privadas podem até estar mais à frente no sentido de ensinar os alunos a manipular o computador, mas também não utilizam os recursos digitais para criar novas propostas de ensino, como utilizar um game para resolver uma equação de segundo grau”, explica Regina de Assis, mestre e doutora em Educação pela Universidade de Harvard e pela Universidade de Colúmbia e consultora em mídia e educação.
 
A pesquisadora Ellen Helsper, doutora da London School of Economics, chama ainda a atenção para o que considera um equívoco das escolas, que é fazer uma divisão entre o universo online e o mundo real. “Esses dois campos são uma coisa só: a vida do aluno. Na escola, os piores lugares para se aprender a mexer no computador são as salas de informática, justamente porque configuram ambientes não familiares, estranhos, separados da vivência cotidiana dos jovens.”
 
Segundo Maria Paulina, as novas tecnologias devem ser integradas ao currículo por meio de uma pedagogia voltada para o aluno, tendo as motivações para a aprendizagem como centro da atenção do professor. Dessa forma, as dificuldades do professor em apropriar-se das novas tecnologias deixam de ser um problema, pois ele passa a atuar mais como mediador e orientador do conteúdo obtido através dessas interfaces.
 
“Assim, o professor fica mais atento aos objetivos de aprendizagem, à provisão de informações e orientações quando necessário, ao acompanhamento dos resultados, à avaliação, à observação de comportamentos e atitudes dos alunos que necessitam de intervenção, tendo um papel mais de mediador da aprendizagem do que de transmissor de conhecimentos”, explica.
 
Fonte: http://www.cartanaescola.com.br/single/show/27
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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Hora da Leitura!!!

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Olá leitores(as) do nosso blog!
Hoje temos uma ótima sugestão de atividade que pode ser realizada na Educação Infantil. Lembrando, que esse roteiro poderá ser modificado e/ou adaptado a partir das especificidades da sua sala de aula.

ROTEIRO / RODA DE LEITURA
Público: crianças de 4 a 6 anos (É importante adequar o tipo de leitura à idade do público)
Tempo estimulado: 1 hora
Livro utilizado: O Olfato do Rato - Coleção Sentidos       Autor: Caio Riter; Editora: edelbra; Ano de Edição: 2011; Nº de Páginas: 16 
Breve apresentação do livro: A obra, conta a história de um rato que vive intensas aventuras e aromas, até encontrar aquele que é o mais desejado (queijo).

MOTIVAÇÃO
Materiais necessários: venda para cobrir os olhos das crianças; perfume; chocolate; queijo; laranja e pipoca.    
·       Vendar os olhos das crianças e pedi que com o olfato (cheiro) das coisas, elas adivinhem que objeto está sendo mostrado.·       Através do queijo usado na brincadeira anterior, levantar perguntas tais como: Quem gosta de queijo?  Vocês sabem o nome do animal que gosta muito de queijo?  O Rato é um bicho grande ou pequeno?·       Dizer as crianças que existe um livro (mostrar o livro) que conta a história de um rato que através do aroma descobre várias coisas. Convidar as crianças para escutarem a história “O Olfato do Rato” que foi escrita por Caio Riter.
LEITURA OBJETIVADA
·       Mostrar o livro e perguntar as crianças o que elas acham que o ratinho vai encontrar na história?·       Solicitar que escutem a história prestando atenção para descobrir o que o rato vai encontrar no decorrer da história.·       Enquanto a história é contada, vai levantando em alguns momentos a curiosidade e imaginação da criançada, perguntando: E agora o rato está sentido cheiro de que?.·        Fórmula para terminar a história: E era uma vez a vaca Vitória que caiu no buraco e acabou-se a história. Que a história terminou, batam palmas bem contentes,
batam palmas quem gostou.
EXPLORAÇÃO
·       Lançar questionamentos que envolvam compreensão, interpretação e opiniões das crianças sobre a história contada no livro.
Questionamentos:
a)     Quem ficava procurando coisas na história? O que ele usava para encontrar as coisas?b)     O rato fez alguma coisa com o Rei do castelo?  O que ele fez com ele?c)     Quais objetos o rato encontrou na história?  Qual objeto estava com mau cheiro? E qual ele mais gosto?d)     Quem já usou o olfato para encontrar alguma coisa? O que vocês encontraram?e)     O rato encontrou algo que deixou ele muito feliz e vocês já encontraram algo que também deixou vocês felizes? O que foi?f)      Quem acolheu o rato? Ela deu um pedaço de que para ele?g)     Vocês acham que se uma cozinheira encontrasse um rato na cozinha dela, o que ela ia fazer com ele? Por quê?h)     Como devemos tratar os animais? Por quê?

EXTRAPOLAÇÃO
Materiais necessários: garrafa pet; imagens dos seguintes objetos: bolo, botas, peixe e queijo; papel ofício e cola.
·       Distribuir imagens das coisas encontradas pelo rato da história, solicitando que as crianças colem as imagens obedecendo à ordem que aparecem na história.
·       Confeccionar junto com as crianças um ratinho de garrafa pet.


Agora, boa leitura e ótima diversão !!! 
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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Que tal criarmos Revistas Virtuais?

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Olá! Queridos(as) leitores(as),
Aí vai uma super dica para os educadores da Educação Infantil, que estão dispostos a tornarem suas aulas mais interativas e atraentes.
Nesse site FlipSnack, você poderá transformar seus arquivos (pdf, jpg ou jpeg) parados e monótonos em lindas revistas virtuais. Cliquem no link abaixo, e confiram a revista que produzimos para crianças, contando a história do forró simplificada.


E as ideias não param por aí... Você como educador pode abusar da criatividade com essa tecnologia em sala de aula. Que tal pensar um plano de aula no laboratório de informática utilizando esse recurso?
....Então Mãos à Obra!
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domingo, 11 de agosto de 2013

Vamos visitar os Museus?

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Que tal visitar alguns dos museus mais importantes do mundo?
Os museus virtuais são uma ótima oportunidade para você trabalhar culturas e informações com seus educandos. Destacamos o "Museu da Infância" e o Museu virtual da Água", vale à pena conferir esses links! E para os Educadores da Educação Infantil, que tal preparar um plano de água, incluindo esse passeio virtual?

(Crédito: Tupungato / Shutterstock.com)
 

46 museus virtuais para você visitar de graça

O Brasil conta com mais de 3.000 museus e você já visitou pelo menos 5% deles? Pensando nisso alguns museus digitalizaram seus acervos para espelhar a cultura e informação pela internet. Confira os 46 museus virtuais que você pode visitar:
Visite os museus virtuais. Eles representam a História e se comunicam com o internauta por meio de acervos, informações e arte. Infelizmente com a correria do cotidiano ficamos impossibilitados de visitar todos os museus disponíveis.
 
» Veja as habilidades do pintor Leonardo Da Vinci em um passeio virtual exclusivo
» Cidade chinesa terá museu sustentável
» Os museus de arte mais populares do mundo
 
Digitalizar e disponibilizar itens de acervo pode ser apenas uma das etapas que um plano museológico prevê para disseminar a informação e cultivar a memória, portanto, se você não puder visitar pessoalmente navegue por eles e divirta-se. É sempre um bom passeio turístico, informa, diverte, educa. Confira a seguir os 46 museus virtuais disponíveis na rede:
 
» American Museum of Natural History
» My studios
» Museu Virtual Gentileza
» RTP Museu Virtual
» Museu Virtual de Brasília
» Museu Virtual de Ouro Preto
» Museu Virtual UnB
» Museu Virtual do Transporte
» Igreja do Santo Sepulcro
» Capela Sistina
» Van Gogh Museum
» Museu do Louvre
» British Museum
» Museu Virtual Memória da Propaganda
» Museu da Pessoa
» Museu Virtual do Futebol
» Museu Encantado da Barvbie
» Museu Virtual do Iraque
» Museu Virtual de Parelha
» Museu Virtual Aristides Sousa Mendes
» Art-Bonobo
» Museu Mazzaropi
» Museu Virtual da Imprensa
» Museu Virtual de Informática
» Visitas Virtuais 3D
» Museu Virtual da Água
» Museu Virtual de Artes Plásticas
» Museu da Faculdade de Medicina UFRJ
» Museu Virtual do Cartoon
» Virtual Museum of Canada
» National Museum of US Air Force
» The virtual museum of Japanese Arts
» Museum with no frontiers
» Virtual Egyptian Museum
» Museu do Instituto Geográfico Português
» Museu Virtual da Coca-cola
» Museu da Bactéria
» Museu de Arte do Uruguai
» Museu Bizantino
» Museu Virtual FEB
» Museu da Contabilidade
» Museu Nacional de Arquiologia
» Fundación Gala-Salvador Dalí
» Museu Virtual do Sintetizador
» Museu da Infância
 
 


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terça-feira, 6 de agosto de 2013

O Alfabeto Manual

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Sugestões de atividades

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Agora, queridos leitores, vamos compartilhar algumas idéias de painéis e atividades realizadas na creche.  Lembrando que todos os trabalhos foram realizados pelas docentes ,ADI's e coordenação da creche Santa Luzia com a participação ESPECIAL, é claro, dos nossos pequeninos dos grupos I, II,III A e III B! 
CONFIRAM!
PAINEL I:
 A tartaruga e seus filhotes

Esse painel foi construído com as crianças do GI(1 ano). após a contação da história da tartaruguinha  a procura de seu filho. A história foi utilizada como temática do dia das mães e no final as crianças participaram da construção desse painel utilizando prato de papelão, forminhas de brigadeiro e tinta guache.



PAINEL II:
 Contação da história " As aparências enganam"
Esse painel foi montado pelas crianças do GII (2 anos) após a leitura e manuseio do livro



PAINEL II
"A cabritinha Bebé"

colagem de forminhas de brigadeiro no corpo da cabritinha Bebé após a leitura do livro


PAINEL III
pintura livre

Esse foi um momento do Grupo I EXPRESSAR SEU LADO ARTÍSTICO....PINTURA LIVRE , OLHA NO QUE DEU.....

PAINEL IV
Aniversariantes do mês 




PAINEL V

ESSE PAINEL USAMOS PARA FAZER A CONTAGEM DAS CRIANÇAS NA SALA DIARIAMENTE...MUITO LEGAL, AS PRÓPRIAS CRIANÇAS COLOCAM OS NUMERAIS  NOS BOLSINHOS INDICADOS PELA DOCENTE

PAINEL VI

Esse painel foi feito para visualização dos nomes das crianças para que possam, aos poucos, irem se familiarizando com seus próprios nomes e os dos colegas
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O que é surdez???

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Com a Educação Inclusiva, o conhecimento na língua de sinais, a LIBRAS é primordial para uma boa comunicação com os surdos. Para começar, o que é surdez, você sabe?? Essa Matéria muito interessante Entendendo a Surdez, explica.
Então, Aproveitem e adquiram conhecimento neste assunto. click no link abaixo

http://pt.scribd.com/doc/31879080/1-Entendendo-a-Surdez
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Experiências na Creche

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Olá queridos leitores,
Vejam agora uma experiência vivenciada com as crianças da Creche Santa Luzia da Prefeitura do Recife.
Inciamos um projeto na Creche com um objetivo de despertar nas crianças o gosto pela leitura. O projeto foi realizado na 1ª quinzena de junho de 2013.
A culminância do projeto foi um SUCESSO!!  O projeto foi desenvolvido juntamente com a coordenadora , professores, ADI's e estagiárias.
CONFIRAM!
Painel realizado pelo grupo 3A - Comidas Típicas 

Painel do Livro: Ventinho

Fogueira Coletiva, feita com rolinhos de fita durex(larga) e papel celofane  

fogueirinhas feitas com as mãos dos pequenos do grupo 3B

Matutinha de papelão

Painel Coletivo dos personagens das histórias trabalhadas no projeto

Painel Coletivo dos personagens das histórias trabalhadas no projeto

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A importância da Educação Inclusiva

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A edição do mês de Fevereiro de 2013
Nova Escola tem uma matéria sobre educação inclusiva, alguns desafios que a escola enfrenta para incluir as crianças com deficiência no contexto da escola sem que esta fique fora das atividades da escola.

Confiram a matéria da revista nesse link:
http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/palavra-especialista-desafios-educacao-inclusiva-foco-redes-apoio-734436.shtml


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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Coversão Digital: distrito escolar nos EUA troca livros e cadernos por laptops a 24 mil alunos

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Olá! queridos leitores leiam essa matéria e reflitam se realmente é necessário uma total exclusão dos livros na escola.

‘Conversão digital’ foi feita nas 42 escolas de Huntsville, no Alabama.
Segundo o distrito, proficiência em matemática subiu de 48% para 78%.

Sala de aula no distrito escolar de Huntsville: só o laptop na carteira (Foto: Divulgação/Huntsville City Schools)
Sala de aula no distrito escolar de Huntsville: só o laptop na carteira (Foto: Divulgação/Huntsville City Schools)
Ana Carolina Moreno, no G1
Um distrito escolar nos Estados Unidos decidiu mergulhar de cabeça na “conversão digital” há um ano e, hoje, colhe frutos como o aumento da proficiência dos alunos e a redução dos casos de indisciplina. No início do ano letivo de 2012-2013, o distrito de escolas de Huntsville, no Alabama, aboliu os livros didáticos e os cadernos em 100% de suas 42 escolas, que têm 24 mil alunos. Eles foram trocados por laptops para todos os alunos e professores, que podem levar o equipamento para casa. Os computadores foram equipados com um currículo digital que inclui, além de livros eletrônicos, conteúdo interativo e multimídia.
No caso das crianças da pré-escola ao segundo ano, tablets com aplicativos educacionais são guardados nas salas de aula e usados de acordo com a atividade preparada pelo professor. Para garantir a conectividade, o distrito instalou wifi nas escolas e nos ônibus escolares. Além disso, a maioria das salas de aula foram equipadas com lousas inteligentes.
Segundo Rena Anderson, diretora de engajamento comunitário do distrito, isso tudo foi feito sem o aumento do orçamento das escolas. “Nós redirecionamos o orçamento, gastando o que normalmente usamos em livros didáticos, por exemplo”, afirmou ela ao G1.
Os resultados preliminares deixaram todos no distrito “muito surpreendidos”, contou Rena. Três vezes ao ano (no outono, inverno e primavera no Hemisfério Norte), todos os alunos do primeiro ao último ano do ensino básico passam por um teste em matemática e leitura. Desde a implantação do sistema 100% digital, os resultados melhoram a cada avaliação. De acordo com Rena, entre o outono de 2011 e a primavera de 2013 a porcentagem média de alunos de todos os anos proficientes em matemática subiu de 48% para 78%.
No quesito leitura, a média de proficiência era de 46% no outono de 2011. No último teste, feito na primavera de 2013, ela subiu para 66%. O resultado representa a média de todos os alunos dos doze anos do ciclo básico (do 1º ao 12º ano).
Alunos mais novos ganham tablets; os maiores, laptops; no ônibus, wifi garante o acesso à web (Foto: Divulgação/Huntsville City Schools)
Alunos mais novos ganham tablets; os maiores,
laptops; no ônibus, wifi garante o acesso à web
(Foto: Divulgação/Huntsville City Schools)
Modelo para o país
Rena afirma que muitas escolas já estão fazendo a migração digital, mas Huntsville foi, segundo ela, o primeiro distrito escolar a fazer isso para todas as suas escolas de uma vez. “Dois anos atrás, começamos um programa-piloto com todos os alunos do sexto ano. Todo eles receberam um netbook para levar para casa. Depois daquele primeiro ano, tudo pareceu dar certo, e decidimos que iríamos pular com os dois pés”, explicou ela.
Huntsville agora virou inspiração para outras regiões dos Estados Unidos, e Rena afirma que suas escolas recebem cerca de 100 visitantes por mês de outros distritos, interessados em conhecer de perto a experiência. Segundo ela, o governo da Flórida atualmente estuda implantar o sistema em todas as escolas do estado. Rena sugere a todos os visitantes que não tenham medo de “se adaptarem aos tempos”.
A princípio, a maior resistência veio dos pais, que não sabiam como poderiam ajudar seus filhos a irem bem na escola. Por isso, oficinas foram feitas para mostrar como os pais também teriam acesso, mesmo no computador de casa, às aulas, lições de casa, boletins e relatórios de frequência.
Já os alunos mostraram retorno imediato ao novo sistema. Com a liberdade de progredirem em seu próprio ritmo, o engajamento dos estudantes às aulas aumentou e, com isso, os atos de indisciplina diminuíram. De acordo com um relatório disponível no site oficial do distrito, nove semanas após a conversão, o número de alunos que receberam alguma suspensão por mau comportamento caiu 45%.
Além do currículo digital, Huntsville também testou diversos filtros para garantir que os estudantes não se distraiam navegando pela internet. Atualmente, eles adotaram um sistema que bloqueia conteúdos como redes sociais e jogos nas máquinas dos alunos, mas os permite na dos professores. Além disso, o professor pode acessar, em seu laptop, a tela do computador de um aluno, para saber o que ele está fazendo. Por fim, o filtro bloqueia os serviços de e-mail nos computadores dos estudantes durante o dia, para evitar que eles desperdicem tempo trocando mensagens, mas permite seu uso após o horário escolar, quando eles levam o laptop para casa.
Nos ônibus escolares que fazem as rotas mais compridas, também foram instaladas conexões sem fio. Assim, os estudantes podem estudar, fazer lição de casa ou se entreter no caminho para casa. O distrito ainda lista, em seu site, os hotspots de internet em locais públicos e privados da cidade, para facilitar o acesso dos alunos à rede.
Custos da conversão digital*:
Laptops, currículo e treinamento: R$ 1.020 por aluno (por ano)
Infraestrutura: R$ 440 por aluno (gasto pontual)
*Fonte: Distrito Escolar de Huntsville, Alabama
Remanejando custos
São quatro os tipos de gastos que o distrito teve para fazer a conversão digital: os equipamentos individuais dos estudantes, o conteúdo didático digital, a infraestrutura de internet e o treinamento de professores. Em vez de comprar os computadores, eles são alugados por um período de três anos, já que até o fim do contrato novos e melhores modelos estarão disponíveis.
O custo por aluno por ano desse aluguel é de US$ 245 (cerca de R$ 540). O currículo digital que será instalado nos computadores portáteis custa US$ 120 dólares por aluno por ano (cerca de R$ 260).
Já o treinamento dos professores, que inclui o acompanhamento e assessoramento in loco do trabalho dos docentes, custa US$ 100 por ano por aluno (cerca de R$ 220). Por fim, Rena explica que há um custo para aumentar a banda da internet e expandir a rede de conexão sem fio, pago uma vez só, no valor de US$ 200 por aluno (cerca de R$ 440).
No total, o custo por aluno por ano gasto no sistema 100% digital para a sala de aula é de R$ 1.020, ou cerca de R$ 24,5 milhões, no caso de todo o distrito de Huntsville, mais o investimento de R$ 10 milhões em infraestrutura.
Para o cientista e professor Rob Kadel, do Centro de Pesquisas de Aprendizagem Online e Rede de Inovação da Pearson nos Estados Unidos, os custos não são necessariamente altos se for levada em conta a economia feita com a conversão. Ele estima que uma escola do ensino médio no país gaste, em média, 150 mil folhas de papel por ano em cartazes e recados para os pais, sem contar os equipamentos como impressoras e máquinas de fotocópia, e os cartuchos de tinta usados para a produção de material impresso.
Segundo o pesquisador, que nos próximos vezes vai aplicar uma série de testes para avaliar o desempenho dos alunos de Huntsville, a alfabetização é um dos poucos momentos em que os cadernos ainda estão presentes na sala de aula, mas as crianças aprendem a escrever em letra cursiva ao mesmo tempo em que também começam a praticar a digitação.
Rob Kadel, pesquisador norte-americano (Foto: Divulgação/Pearson)
Rob Kadel, pesquisador norte-americano
(Foto: Divulgação/Pearson)
Professores facilitadores
Kadel, que veio ao Brasil nesta semana para falar sobre tecnologia educacional, explicou ao G1 que, mais do que a mudança de equipamentos, é necessário promover uma mudança cultural dentro da sala de aula antes de esperar resultados concretos da tecnologia.
“Não é só aprender sobre como clicar nesse botão ou como abrir aquele site, mas como pensar sobre quais são as maneiras mais eficazes para usar esses computadores”, disse ele, que sugere aos gestores escolares primeiro decidirem o que querem fazer com a tecnologia para depois decidir que equipamento comprar.
Segundo ele, também é necessário engajar os professores, que muitas vezes ficam apreensivos a respeito de sua função na sala de aula. Para Kadel, a tecnologia permite que o docente acompanhe com mais facilidade o progresso individual de cada aluno e, por isso, seu papel passa a ser mais o de um facilitador: para os estudantes mais avançados, os currículos digitais permitem que eles vão comprovando o domínio dos conteúdos e avançando sem precisar esperar os demais. Já no caso dos alunos com alguma dificuldade, o professor pode dar um atendimento diferenciado e garantir que eles aprendam.

Fonte: www.livrosepessoas.com
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